Domingos Romeira Vaz

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Quem Somos?

Por gosto e amor à terra, Domingos Romeira Vaz faz os possíveis por manter vivo o ofício da cestaria de cana. Aprendeu as artes e saberes da Serra Algarvia desde tenra idade, primeiro construindo brinquedos, depois objectos imitando alfaias e actividades agrícolas. Nasceu na cumeada da Alta Mora, entre duas das maiores ribeiras afluentes do grande rio Guadiana, Odeleite e Beliche, cujas margens são abundantes em cana, junça, alguma taboa e folha de pita.

Na Serra Algarvia, de onde Domingos Romeira Vaz é natural, o modo de vida passava em grande medida pela auto-suficiência das famílias. Por isso, desde criança se desenvolvia o gosto por aprender com os pais e avós tudo o que em idade adulta seria necessário ao dia-a-dia.

Ali, naquele tempo, tudo vinha da terra. A cana brava é um dos materiais em abundância devido às quatro ribeiras que por ali passam; a cestaria de cana desenvolveu-se para suprir algumas necessidades na agricultura, onde tinha diversas aplicações como apanhar, transportar e armazenar os produtos colhidos da terra.

Com o progressivo abandono da agricultura, a saída dos mais jovens para o litoral, para o estrangeiro e para a grande Lisboa, todas as actividades e a vida da serra foram fortemente afectadas. Para suprir a falta de peças feitas localmente com os materiais que a terra nos dava, foram chegando à serra utensílios de outros materiais que foram substituindo a cestaria de cana.

Nos anos sessenta do século XX, o Algarve começou a ser cada vez mais procurado pelo turismo internacional e os artesãos começaram a conceber peças em miniatura e outras para venda aos visitantes.

No início do século XXI, em conjunto com designers, vão-se criando novos produtos usando os materiais e as técnicas ancestrais.

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